Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Na passada sexta-feira, ao fim da tarde ficou mais do que comprovado que seria uma excelente directora dos Recursos Humanos de qualquer organização, por isso aqui fica a dica: "queridas empresas deste país, em período de crise, se o mote for redução de custos, contratem-me (por um salário chorudo, está claro), poupar-vos-ei uma pipa de massa nos restantes recursos humanos.
Ora vejamos, a minha empresa precisa de um "moço" (ou moça comigo não há discriminação racial muito menos de géneros (ok, ok, sou só um bocadinho "racista" até está entre aspas, para perceberem que é mesmo só um bocadinho e sim, sou um bocado tendenciosa para géneros masculinos e para raças arianas, mas é mesmo só um bocadinho)) para fazer o trabalho de campo. Como promessa para evolução de carreira, prometemos que o candidato, dentro de tempos se torne chefe de equipa de todos os trabalhos de campo (bom, hein!).
Para esta função o moço ou a moça, precisa de ter carta de condução para as deslocações - está claro que irei privilegiar os candidatos com carta de mota, ora não só fica mais barato, como consegue chegar mais rápido (aqui está duas medidas para redução de custos fixos da empresa: diminui os custos com o transporte, entenda-se combustível e aluguer de smart's, bem como o custo hora com o RH, pois se chega mais rápido, mais levantamentos faz por dia).
Precisa de morar perto (muito perto do local de trabalho), para longe já basta eu e como eu sei o quanto custa ter de apanhar muito transito para chegar ao trabalho, assim garanto que não têm as mesmas desculpas que eu para chegar atrasado/a (logo trabalha ainda mais horas, logo também mais rendimento para a empresa).
Como actividades livres deve gostar de viajar (assim, consolida as idas em trabalho com o prazer de viajar), deve gostar de aventuras (nada mais interessante do que está pendurado numa janela de um edifício de 20 andares para tentar saber a potência de climatização dos equipamentos, com esta tarefa, está subentendido que vertigens não combinam com o cargo a ocupar).
Se foi um dos candidatos que recebeu um telefonema ou email para uma entrevista na próxima segunda e terça-feira e possui todas as características acima mencionadas e não possui nenhuma das características abaixo listadas, muito bem, têm tudo para ser o próximo funcionário da Couve Flor.
cabelos mais parecidos com ninhos de pardais,
roupas unicolores (leiam-se pretas),
e calças abaixo do nível normal (cintura).
Infelizmente para mim, não sou a directora de RH, apenas consegui mostrar a minha preferência por alguns, além de mim, estavam mais 4 colegas a opinar, três dos quais, tinham APENAS dois critérios de selecção: sexo feminino e bonita (são uns fraquinhos). A minha colega "moura de Trás-os-Montes" tinha também APENAS dois critérios, ser conterrâneo (o que abre logo a possibilidade a três grandes zonas geográficas do país) e ou ser conhecido (com este critério apenas exclui 1/9 dos candidatos).
Resta esperar pelos próximos dias, para ver quem é que foi eleito/a!
Foi um jantar diferente regado com humor cujo prato principal foi coelhinhos de porco... confuso? Coelho (muito pouco) e porco (muito bom)!
Fomos muito bem recebidos, até convidados para conhecer as instalações, fizeram-nos uma apresentação do projecto Santo Graal e, já estávamos quase com dois colares de prata na mão oferecidos pelo único representante da marca em Portugal, mas tudo isto se acabou quando nos perguntaram a profissão... para azar dos azares tive de ser a primeira (e última) a responder... Depois da resposta, fomos como que escorridos, como se de Satanás, nos tratássemos. Eu só disse o que fazia, nada mais.
Se a noite acabou bem, foi porque já estávamos jantados.
Mesmo assim, irei lá voltar, gostei do local, das pessoas, do comer, da companhia.
A noite acabou em romaria pela noite da terrinha. Entre histórias e amigos, fica a promessa de ser madrinha do próximo rebento que chegar daqui a 9 meses.
Pelo favor que fiz ontem aos meus país e como recompensa ao facto de não ter ido ontem ao ginásio, o meu pai disse-me:
- Que tal uma horita a andar de bike?
Ao qual fiz aquele olhar do: "achas que sou maluca, para ir contigo? Tu prol e eu malandra? Naaaaah".
Mas lá acabei por ceder, após horas a preparar-me (mentalmente), saímos às 14:30. Fiz-lo prometer que íamos em passeio, tipo família Miranda: Mira e Anda.
Mal saímos da civilização, leia-se cidade onde moro, diz-me ele:
- Vamos por aqui (e apontou para uma direcção).
Pensei eu "para onde?" (Sim, 5 minutos a andar e já estava estafada, não consegui soltar nem um monossílabo). Voltou a apontar para o mato (para a tal direcção), ao qual respondi prontamente:
- Não, nem pensar, disse-te que vínhamos em passeio e não, num dos teus percursos de BTT.
- Queres então subir isto (era uma rua bastante inclinada (pelo menos para mim))?
O meu pecado (a malandrice) falou mais alto. E lá cedi, entrei por um caminho cuja largura era a mesma de um pneu de bicicleta, mato dentro, até que oiço o meu pai:
- Vai por dentro (e voltou a apontar, não sei bem para onde, pelos nada que se assemelhe a "caminho", local com largura suficiente para passar uma bike).
À minha frente tinha um lago, bem maior que o do Alqueva, mas de lama, e o local para o qual o meu pai apontou, eu só consegui deslumbrar silvas, árvores e nada que se assemelhasse a caminho. Parei mesmo em na margem do big lago de lama, respirei fundo e disse ao meu pai:
- Se tu passaste tipo Jesus Cristo sobre as águas, também conseguirei.
(Pois está claro, tinha de acontecer), dei balanço, vim bem cá trás, comecei a pedalar como se não houvesse amanhã, fingi que não era água=lama, e segui, não muito, tal como seria de prever, acabei por parar mesmo no meio do Alqueva, forçada a colocar os pés no chão, para não cair redonda naquele lamaçal, apercebi-me que aquele liquido viscoso, dava-me até meio da canela. Acabei içada pelo meu pai. Quando terminou a travessia, disse-lhe:
- Bonito serviço, agora acabou o "passeio" temos de ir para casa trocar de roupa.
Que me respondeu prontamente:
- Tas doida? Quando chegarmos ao final desta estrada já tens isso seco.
(Não quis acreditar que iria pedalar "encharcada", mas também, não dei a minha parte fraca e segui).
Assim que atingimos o alcatrão, pude observar que a lama agarrada ao pneu saltava por cada volta que o mesmo dava e iria entranhar-se em mim. Na primeira (e instantânea) paragem, verifiquei que até nos óculos de sol... quase 1,69 metro do chão tinha gotículas de lama. O verdadeiro horror.
Após horas e horas a pedalar e a ser enganada com: "Vamos agora para casa", "não têm mais subidas" chegamos. E agora estou para aqui de rasto.. Mas pior é ver o meu pai a gozar comigo, ele está como se acabado de acordar: "Fresquinho que nem uma alface"