Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Eu não sei o que é que o Paulo Cardoso ou a Helena não-sei-das-quantas tinham previsto este fim-de-semana ao que o signo leão diz respeito, mas se almejaram estar muito próximo da realidade, todas as cartas que indiquem dualidade estarão no caminho certo.
Na corrida de fim-de-semana, aconteceu-me mais um momento de contra senso.
Corria eu, ao som da bela música, pelo meu percurso habitué, mais ou menos a meio, mais precisamente nos meus 12:03 minutos, avistei um RATO. Sim um rato. Só não gritei de pânico mais alto que a sirene dos bombeiros, porque já tinha os pulmões a entupirem-me o esófago. Só não tive um ataque cardíaco porque já tinha o coração em velocidade cruzeiro. Só não caí para o lado, porque estava balançada pela corrida. Cheguei a pensar (lá no fundo era mesmo o que desejava), que se tratava apenas e só de um delírio provocado pela falta de oxigénio no cérebro. Quando me apercebi que se tratava de um ser que me enoja, que me repudia, que me causa agonia, só desejei atingir a velocidade 0 km/h em apenas alguns nano-segundos e conseguir assim virar a direcção e fugir dali para fora. Do meu parque. Da minha patolândia. Eu até poderia admitir que eles existem por ali, mas uma coisa é ter consciência que existam outra é vê-los. As minhas pernas, o meu balanço e a minha falta de coordenação motora prolongaram a paragem por alguns segundos e só consegui realmente parar a escassos centímetros da trajectória que aquele ser acabara de fazer. Pareceu-me uma eternidade, tanto que até pude aperceber que o raio bicho estava ferido numa das patas traseiras.
Incrivelmente, no meio do medo e do pânico do nojo e do histerismo cheguei a ter dó do bichinho. Sim, pena de um rato.
Esta sensação de dualidade, de sentir algo que não me é normal, vêm de onde? Será que cai e fracturei o coração e agora tenho um corazón partido!
Se por um lado, uma ida ao aeroporto é aquela sensação em bom, de sair daqui, deixar a cabeça voar e fazer dos pensamentos sonhos bonitos, hoje teve um bocadinho de amargo. Foi ter de dizer ao maior-da-minha-aldeia: Tu cuida-te, afasta-te das manifestações e alimenta-te bem. Foi uma sensação de despedida, mesmo que tecnicamente estejamos a falar de 3 dias, para mim, vão parecer muitos e muitos mais. Já tenho o coração pequenino, pequenino e ele ainda nem aterrou em Madrid.
Eu juro que lanço uma campanha similar ou ainda maior à procura de todo o dinheiro que já investi no estado e do qual não vejo nem prevejo ter retorno. Isso ou de qualquer boletim sorteado do euromilhões. Só porque sim.
Se eu acho fofinho? Acho. Se eu acho romantico? Acho. Se eu preferia apelar aos portugueses para me ajudar a ter umas férias vitalícias assim do tipo dias de tédio na Polinésia Francesa até árduos dias de compras em Nova Iorque.
Levo a revista das cerâmicas ou o catalogo da smartbox estadias ali para o puff? Preciso de escolher a tijoleira mas apetece-me escolher o hotel para um fim-de-semana de relax....