O fim do verão...
Ainda estou a tentar ver o lado positivo do fim do verão, mas não me ocorre nada...
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Ainda estou a tentar ver o lado positivo do fim do verão, mas não me ocorre nada...
Estas calças skinny que já chegaram às lojas da Massimo Dutti tem um lugar especial no meu armário, já me consigo imaginar nos looks descontraídos de fim de semana com elas.
Tenho para mim que o casal mais invejado de Hollywood está assim, de costas voltadas.
Não sei, como é óbvio, os motivos que levaram a este desfecho matrimonial, mas pelo sim pelo não, disponibilizo o meu ombro amigo para o Pitt chorar. E tenho um quarto vago lá em casa também, os hotéis são muito impessoais, só por isso.
Mas também no guarda-roupa, é uma cor muito pré-fall, fica bem, aquece os corações mais despedaçados pelo fim do Verão, mas por outro lado dá vida ao frios e cinzentos dias que se aproximam. Para quem como eu, tem um quarto de vestir sem portas, este mostarda é igualmente um bom tom decorativo.
Calças Zara | Sobreudo Massimo Dutti | Sapatos - Zilian | Carteira BimbaYLola | Camisola Mango
São os Emmy's, meus senhores, são os Emmy's. O melhor e o pior do que mais ocupa as pessoas, falo pelo menos de mim, que cada vez mais tenho menos paciência para um filme de 100 ou mais minutos e que se há coisa que me faz alapar as minhas nádegas em frente à TV são séries e mais séries.
De domingo para segunda lá no outro continente, no lado do mundo em que o sonho reina decorreu mais uma noite de glamour e dissapoints e numa análise rápida saltaram-me à vista o seguinte:
A Anna Chlumsky esmerou-se a escolher o modelito que mais trabalho deve ter dado a fazer, tanto mesmo que imagino as costureiras horas e dias a fio, em volta do mesmo a dizer, ah espera vamos cortar mais deste lado e menos do outro, agora vamos enrodilhar. Agora vamos fazer com que tenha balão e agora não sei mais que, e agora não sei mais quanto, enfim, uma trabalheira.
Já a Gabi Hoffmann disse: ah tudo na boa é para ir, eu vou mas em modo domingo, pijama all day, nada de pentear, nada de lavar a cara, nada de tirar a camisa de dormir, o menos trabalho possível, tá!
Haja no meio disto tudo quem tenha bom gosto e para mim, as melhores.
Depois das férias, de voltar ao trabalho e de mais férias e voltar outra vez ao trabalho. Há que voltar à rotina, por muito que custe e mesmo que já existam ÀS FÉRIAS, agendadas no calendário, há que dizer um basta e organizar outra vez à casa (dentro e fora de nós mesmos).
Para recomeçar, há que estabelecer prioridades.
1 - Saúde.
Vamos voltar à alimentação do bem e saudável, apenas existindo dois dias onde será permitido tudo e mais alguma coisa. Por essa razão meu querido mais-que-tudo, as tábuas de queijos e enchidos apenas voltarão a ter lugar à mesa, aos sábados ou domingos.
Voltar aos meus sumos de frutas e legumes, que tanto gosto.
Voltar às gelatinas ao invés de cheescakes durante a semana.
Voltar aos peixes grelhados na brasa ou na placa com legumes.
Prometo mostrar volta e meia alguns dos pratos.
2 - Desporto.
Vamos voltar às corridas de fim-de-semana, em que ao sábado ou ao domingo, esticamos as pernas e fazemos mais alguns quilómetros. A dois não custa nada.
Vamos voltar a olhar para a agenda para ver as melhores horas e dias de ir ao ginásio.
Cá em casa, vamos voltar aos planos do melhor PT.
Para começar são 30 dias de agachamentos. Custe o custar começará hoje.
3 - Pós-laboral.
Há dois projetos para pôr em prática, por isso, depois do trabalho e das atividades extra-trabalho, é voltar a casa para serões de trabalho.
É um esforço grande e necessário, mas sem suor não há vitórias.
4 - Família.
Além do tempo ao fim-de-semana, teremos que duas vezes por semana ir dar uma passeio com o Roger.
5 - Lazer.
Tenho que ler um livro por mês. Irei começar nos próximos dias "A rapariga no Comboio" e já cá em espera já tenho o livro do próximo mês.
6 - Fins-de-semana.
Dedicar um bocadinho que seja aos amigos. Por isso, agendar com os vários amigos atividades. A começar já pelo próximo fim-de-semana. Planos a serem desenhados.
E pronto, para já é isto.
Depois de uma semana de férias custa ainda mais recomeçar. Vestido - Lacoste
O último dia das férias. É sempre um dia triste. Por muito boas que as férias tenham sido, o último é sempre o mais cinzento. O mais calado. O mais melancólico. É ainda dia de férias, mas traz já no horizonte o recomeço das rotinas.
Acordamos à tempo do pequeno-almoço, de acabar de fazer as malas, de dar de comer ao Roger e principalmente de dar-lhe tempo para o último passeio pelos enormes relvados.
Escolhemos uma vista desafogada para o pequeno-almoço e já aí, iniciamos a discussão sobre a viagem de regresso. Tínhamos duas soluções. Ou fazíamos uma espécie de excursão de autocarro da INATEL, onde parávamos em todos os cafés Central da terrinhas que de 150 km em 150 km aparecessem na estrada nacional. Ou então, parávamos em todas as estações de serviço da autoestrada no sentido sul-norte, desta forma poderíamos comparar e assinalar as diferenças, das estações de serviço norte-sul.
Escolhemos a primeira. Qual casal de terceira idade, qual quê. Rumamos costa vicentina, com a primeira paragem em Vila Nova de Mil Fontes. Ora já lá tínhamos estados há uns bons 5 ou 6 anos e não detectamos nenhuma diferença. Tudo estava como da última vez. Numa esplanada prontos para almoçar, delineamos a paragem que se seguia. O próximo objetivo era o Bacalhôa Buddha Eden. Ligamos para lá, pedi informações, sobretudo porque ia com um cão. É possível levar animais, mas com restrições. Percebemos e fomos muito bem aconselhados a não o visitar desta vez, pois não teríamos tempo para conhecer os 35 hectares. Ficou a promessa que com ou sem Roger iríamos lá.
Concelho para quem quer ou quem viaja com animais:
Viajar com um cão implica isso mesmo. Preparação prévia. Antes de ir, saber informações sobre as características e condições dos espaços. Saber sempre qual o veterinário que contactar caso alguma coisa corra menos bem. Andar e parar ao ritmo deles e não ao nosso. Ter sempre água (fresca). Respeitar às (más) pessoas que não gostam de animais ou que têm medo de cães. Nunca deixar que saiam dos carros sem trela (nunca se sabe a reação que podem ter), deixar os espaços tal como os encontramos (caso façam presentes, mesmo que seja num espaço verde e não no chão). É complicado, é trabalhoso, é exigente, é de uma responsabilidade tremenda. Mas viajar com animais é isto mesmo. É bom e cansativo. Mas o bom supera claramente o cansativo. É possível, apenas necessário planear bem e pensar no que não gostaríamos que nós fizessem.
Fizemos depois disso, paragens breves em Santarém, Mealhada e depois casa. Correu bem. Gostamos todos. Agora é desfazer as malas e preparar os dias que se seguem. Foram umas férias lá fora cá dentro. A repetir sem sombra de dúvida. Agora é ver o Roger contar aos amigos as aventuras que viveu nestes dias diferentes.
Depois de muitos dias só com arroz, quero dizer, só connosco, achamos que o Roger iria agradecer companhia. Pesquisamos e encontramos a Herdade Monte da Baía do Tonel. Uma herdade com 20 e muitos hectares, que se divide entre a vida no campo e a maravilhosa praia (quase) privativa. E o que é que nós encontramos lá que pudesse mudar a vida da nossa companhia? Ah não sabem, mas eu digo: cavalos!
Ah e tal mas o Roger já conhece cavalos, mora numa rua onde existe uma escola de equitação, dois vizinhos têm cavalos e muito frequentemente até passam com eles por casa e trocam algumas palavras amigas. Ah e tal ele já visitou muitas vezes os ensaios da viagem medieval e cruzou-se com cavalos. O que há de novo então? São tudo perguntas legitimas. O que há então de novo? Eu respondo.
Na Herdade Monte da Baía do Tonel como em muitas outras certamente é possível "alugar cavalos" para passeios. A vantagem desta herdade para outras tantas? Eu explico. Existe o Filipe, o tratador e dono dos muitos cavalos, um senhor simpático que só pode ser boa pessoa, tal é a paixão dele por animais. Quis-me parecer que mais até do que por pessoas, mas isso são outros quinhentos. E porque a proximidade da herdade (mais ou menos 2km) ao mar, em especial à praia do Tonel, uma praia não vigiada, pequena e de uma beleza sem igual, permitindo que os passeios sejam um misto de campo e praia, pareceu-nos o mais indicado.
Tivemos uma formação "básica", equipa-nos à rigor e lá partimos nós. Sim, os 3. Nós e o Roger. Ah e tal, mas o teu cão não têm problemas de personalidade e não confunde cavalos com "cãezinhos" um bocadinho maiores? Confunde. Também os quer cheirar? Quer. Quer brincar com eles, como brinca com outro qualquer cão do tamanho dele ou até menor? Sim, brinca e desafio-os. Ah mas não será perigoso andar de cavalo e ter o cão sujeito a levar um coice deles? Pois é, se tememos, sim. Se tivemos de controlar as emoções para não deixar transparecer o nervosismo que o Roger nos provocava ao cavalo, de modo a que este, que também têm sentimentos, sentisse os nossos receios. Sim. Se foi uma tarefa muito arrojada. Se foi. Mas com mais gritos do género: ROOOOOOO_GEEEEEEEER saí daí. ROGEEEEEEEEER vai para o outro lado. ROOOOOOOGEEEEEEER deixa o cavalo em paz. Claro que estes gritos de histeria eram abafados pelo belo som do campo, dos pássaros a cantar, das vacas a pastar, enfim, da natureza como um todo.
Tudo perfeito. Até, avistarmos o mar. Do que é que o Roger gosta? De que? De praia (saí aos donos, está claro). Quando viu a falésia e olhou para baixo o que pensou? Areia e água e gaivotas e brincadeiras. O que quis logo fazer? Descer. Nós em cima de cavalos, ainda com confiança reduzida e de principiante o que pensamos? Oh não onde raio é o travão de mão desta cena? Pánico, medo, terror.
Mas correu tudo bem. Depois do belo passeio todos ficaram amigos, o Roger já respeitava (às vezes) o seu espaço e os novos amigos. E nós apaixonados, olhamos um para o outro e dissemos : Sim (vamos repetir).
Ontem foi dia de conhecer novas praias, mostramos ao Roger a ponta da Piedade, a origem de muitos dos postais do Algarve, visitamos ainda a praia do Camilo (só de visita, pois esta é interdita a animais, compreensivelmente). A praia do Camilo, é das praias mais pitorescas do Algarve, com grutas e toda ladeada de uma encosta, amarelada e esculpida detalhadamente pelas sucessivas mares, por isso, foi apenas uma visita (de médico) e seguimos para Alvor.
Em Alvor, encontramos uma praia quase só para nós. Continuo a dizer que não sei onde estão todos durante o dia, as praias estão quase desertas, quando o tempo está maravilhoso.
E aqui faço uma pausa. Vamos lá detalhar o MARAVILHOSO, não são certamente os 40º à sombra, que facilmente encontramos em pleno mês de Agosto, que não são. Mas caramba, quem está habituada a achar que um dia de praia com 23º no norte é espantoso, apanhar 27º graus de temperatura do ar e 20º graus de temperatura da água, permitam-me considerar que o tempo pede mesmo praia.
Voltando aos aborrecidos dias de dolce-faire-niente. Depois do dia de praia, de mais uns valentes minutos de leitura, de brincadeiras na água com o cão, de o ver feito maluco a tentar apanhar as gaivotas, que danadas que são, não se deixam apanhar por um rabo enorme que bem que se esforça para chegar até elas, depois de uns momentos de esplanada a beber a bela da água tónica com gelo e limão, ainda ter a oportunidade de ver o maldito cão esfregar-se num sítio completamente imundo e ser obrigada a regressar ao poiso para dar-lhe um banho, dar-lhe de comer, deixa-lo no passeio pós refeição, vê-lo voltar para umas valentes horas de sono, enquanto isso, nós tomamos banho, arranjamos-nos e fomos namorar. Jantamos fora, passeamos, fizemos umas compras. E já bem tarde, regressamos e encontramos a bola de pêlo a dormir que nem uma criança.
E assim tem sido as nossas férias.