Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Um mundo derretido ou fresco, inteiro ou as fatias suíço, francês ou até português. À entrada, como sobremesa ou até mesmo no prato principal. Neste mundo, come-se de tudo!
Ontem ao jantar preparei Açaí! Está calor, apetecia-me algo fresco e achei que o mundo agradece se não passear gorduras e banhas nos areais deste país à beira mar plantado. Ia eu muito bem e satisfeita, quando se não, o jantar acaba e o maior-da-minha-aldeia, em jeito de vamos lá preparar o peru para o natal, saca do congelador um Häagen-Dazs de chocolate Belga. Pergunto-vos, como posso eu resistir a tamanha tentação? Aguentem pessoas, aguentem, que por este andar, difícil será não levar estas banhas para a praia! Mas a culpa não é minha, juro que não.
Falar em praias em Sidney é falar em Bondi Beach. É a praia mais conhecida, mais espetacular e encontra-se situada num bairro que é qualquer coisa. Recheada de comercio local muito cool e boa onda. Respira-se paz e no stress por cada esquina e cruzamento. Fica muito perto do centro económico de Sidney, o problema como para qualquer destino é mesmo o transito. De loucos. Os semáforos abrem 60 segundos e ficam vários minutos em modo vermelho, o que congestiona ainda mais o já e muito transito naquela cidade do outro lado do planeta.
E falando em trânsito, que não se faz sentir só nas estradas, mas também nas praias em geral, mas em Bondi em particular, dada a quantidade de surfistas prós e aprendiz que por lá pairam. Se ao longe pareciam gaivotas boiando, aproximando-nos da costa, verificamos que apenas podem ser parasitas de prancha na mão. Dada a quantidade de tráfego no mar, duvidei que houvesse corajosos que se atravessem a levantar para apanhar uma onda e, arriscar-se a atropelar meia dúzia de outros parasitas de pranchas. Mas ainda mais de perto verifiquei, que o desafio não são as ondas, mas sim, esse mesmo, contornar outros parasitas. E a verdade é que uns melhores outros a melhorar mas todos lá tentam.
Mas voltando à Bondi, Bondi Beach! É uma praia onde tem espaço para o bilionários e mochileiros deste mundo. Tem uma extensão de 1 km. Já aparece eu diversos filmes e séries pela sua grandiosidade.
É ainda possível fazer uma caminhada por um trilho sempre junto à praia por 6 km, entre Bondi e Coogee.
No percurso:
O destino final da caminhada, Coogee! Outra praia lindíssima, onde os surfistas fazem parte integrante da natureza.
Mas não só de Bondi é feito as praias de Sidney. Também existem outras não tão conhecidas, mas deslumbrantes. Apanhando o ferry ou circular Quay (que não deixa de ser uma "viagem" interessante), e atravessando a Baía em direção à Norte, é possível encontrar Manly. Manly Beach.
Fomos por engano. O destino pretendido não era o norte da Baía, mas rapidamente percebemos que há enganos que vêm por bem. Atracamos em Manly Wharf. Um porto agradável e muito movimentado. Uma zona muito familiar e acolhedora, onde muitas pessoas com mobilidade reduzida e também com alguma idade circulavam. Claramente uma zona mais residencial.
Também Manly, é uma praia de surfistas local onde muitos campeões de surf australianos montaram as primeiras ondas e possui também uma piscina oceânica, contudo é mais pequena que Bondi, tem uma extensão de apenas 1,5km. Mas tal como Bondi, possui uma trilha que nos leva de Manly até Shelley Beach.
A piscina oceânica.
O percurso até Shelley Beach.
Quando chegamos a Shelley Beach, fomos convidados a largar os sapatos, o motivo era um casamento na praia.
O engano permitiu-nos ainda conhecer North Head Sanctuary é um dos tesouros escondidos de Sidney, é possível fazer uma caminhada relaxante por percursos de mata praticamente imaculada e observar os pássaros e animais nativos. Fizemos ainda uma visita no North Fort, uma base militar importante da Segunda Guerra Mundial.
Chegamos então a North Fort e de repente, muitas cenas de filmes recentes e não recentes pareceram abrir-se à nossa frente. Em North Head, a Q Station é o local da primeira e mais antiga estação de quarentena da Austrália, e oferece uma percepção fascinante sobre os primeiros colonos da Austrália.
E caminhamos por uma trilha que retrata todo o percurso militar da Austrália. Simplesmente fascinante.
A visita a esta parte norte de Manly acabou com a vista sobre a Baía. Simplesmente fantástica. Sabendo que tínhamos de fazer todo o percurso inverso por entre matas e trilhos, com o céu a ameaçar fazer o que acabou por fazer, desfazer-se em cima de nós. Foi um dia agradável.
Ainda em Sidney, não sendo ela uma cidade enorme, existem recantos que são de passagem obrigatória. O Jardim botânico é um deles. Podia ser pela proximidade à Opera, ou pela beleza que o mesmo tem. Eu cá considero obrigatório, porque deveria haver um em todos os países. Junto ao mar, ladeado pelo centro económico e os grandes prédios que compõem o centro económico, mas também devidamente protegido e envolto de uma privacidade que o torna surpreendente em cada recanto e cada zona pela qual é composto este jardim botânico.
Ainda e pelos caminhos do jardim é possível encontrar devidamente protegida a casa do governo. Sidney não é a capital, não é a cidade onde se centra o poder da Austrália, ainda assim e muito bem na minha opinião, pois se fosse governo, seria ali que gostaria de assentar arraiais, é possível encontrar a casa do governo. Uma casita, assim pró modesta quanto à mim e vista de fora.
Dos pontos turísticos que menos me agradou foi a torre de Sidney. Alta sim senhora, engraçadita, mas mal amanhada no meu entender. Para quem como eu tinha ainda na memória a visita ao London Eye, não sentiu qualquer diferença até subir ao último andar. Diria mesmo que os funcionários e todas as etapas desde o vídeo, a foto da praxe and so on and so on, são iguaizinhos. Depois vêm a verdadeira decepção. Se a vista é fantástica? É. Se poderia muito bem ser um sítio espetacular? Poderia. Mas não é. Os vidros estavam sujos, cheios de dadas e impressões digitais marcadas de pessoas que precisam de lapar a cara ao vidro para ver melhor. Se os acessos às panorâmicas poderiam ser melhorados, se poderiam. Ainda assim, claro que vale à pena subir, sim. Mas fica aqui a minha deixa e grátis. Vale?
A baía vista de cima.
A torre vista de baixo.
Tirando a moeda, que foram e muito bem buscar aos estados unidos, tudo o resto respira a Reino Unido, mesmo os edifícios mais emblemáticos além da arquitetura vitoriana, também o nome dos mesmos são lhes dedicados. Queen Victoria Building, é um centro comercial, muito mas mesmo muito giro. Mais por dentro do que por fora. E não, não me refiro às decorações das lojas, refiro-me mesmo ao espaço em si.
A China é um dos cinco países com maior responsabilidade pela população não nativa a viver na Austrália. Por essa razão, além da Chinatown, são vários os marcos e pontos de interesse de origem Chinesa em Sidney. A que mais me agradou foi o Chinese Garden of Friendship. Paga-se à entrada, mas a diversidade e a beleza compensa.
Assim de repente, acordei e pensei que o dia pede praia. Praia em família, o que significa levar o Roger. Está sol e calor, as circunstâncias não permitiram um fim de semana prolongado, por isso, vamos fazer o que mais gostamos. Brunch em casa, com direito a tudo e mais qualquer coisa e depois rumamos até à nossa praia (não vigiada e quase só nossa). Mas antes passei pela loja online da H&M para me inspirar num look, feriado mas de praia!
Uma sugestão para quem está à norte: Túnica - 29,99€ | Óculos de sol - 7,99€ | Saco de praia - 4,99€ | Mules - 39,99€
Já falei de alguns pontos de interesse e abordei outros levemente, mas existe uma lista que é obrigatória para quem não conhece a cidade. É fundamental saber que conduzem à esquerda, portanto, muito atenção ao atravessar a estrada!
Falam inglês, são ainda e por opção uma colónia britânica (fizeram um referendo para saber se a população australiana queria mudar de regime político e assim deixar de ser chefiado pela monarquia britânica e só 39% da população votou a favor da mudança). Apesar de serem e muito uma cópia britânica, adotaram como moeda, o dólar, fazem transações em dólares australianos. A população originária é a aborígene que criou o boomerang e não existem cangurus (eu não vi, portanto não existem).
Já cá falei da casa da Ópera, sem sombra de dúvida o marco mais importante de Sidney, mas não só. A ponte de harbour, ou também conhecida pela ponte da baía de Sidney são o simbolismo de um continente, são a imagem de marca de um país que prima por andar mais à frente, pelo menos é um dos primeiros pontos a passar o ano novo em primeiro lugar. Está bem situada e permite uma vista da baía (incluindo da Opera) completamente fenomenal. É ainda mais espetacular vislumbrar o tráfego pela qual a mesma é sujeita. E aqui referi-me ao tráfego marítimo, quer de lazer, quer de mercadorias. Visto é fácil de entender, porque é que Sidney é considerada uma porta para a Austrália. É a entrada de todos os produtos importados. Todos os cantos do mundo fazem-se chegar através deste porto. Simplesmente alucinante.
É possivel subir ao ponto mais alto com as devidas seguranças, claro, assim como já o fizeram os atores de Uma família muito moderna, os príncipes de Inglaterra, metade das caras que conhecemos de Hollywood e outros tantos milhares de pessoas. Vale bem a pena!
The Rocks, é uma espécie de "baixa pombalina" mas em bom, é o espaço mais cuty de Sidney. Onde e na minha opinião é possível encontrar os restaurantes mais pitorescos e mais australianos. Já aqui mencionei que os australianos merecerem o meu respeito quanto à cozinha, se há país neste mundo que honra e trata bem os pratos que confecciona é certamente o do 5º continente. The Rocks, é ainda a zona onde tudo começou, os condenados de Sidney foram lá parar. É lá que se encontra o pub mais antigo, as galerias de arte e o mercado de rua mais emblemático da cidade acontece aqui.
Os pubs e restaurantes mais antigos da cidade.
Os mercados e feiras que acontecem, principalmente ao fim de semana de manhã. De uma qualidade comparável com os alemães.
E os museus.
A vista desta zona da cidade.
Depois o Porto de Darling, mais abaixo da ponte sobre a baía de Sidney. É um porto movimentado, arranjado, tem espaços comerciais, culturais mas sobretudo, espaços verdes. Até aqui, num espaço claramente comercial e com movimentos transnacionais 24h/dia, conseguem ter os espaços bem conservados e pensados para todos.
Os parques.
Como não podia deixar de ser, o próprio do Hard Rock.
E mais parques.
E mais.
O porto propriamente dito, com vista para a cidade.
A cara de quem tinha feito 48h de viagem mas estava à entrada do Aquário de Sidney. Parecia mesmo que o que mais tinha vontade era de ver peixinhos!
Chinatown. Como não podia deixar de ser, também lá existe e em grandes proporções. Talvez pela proximidade, pelo bom ar que se respira em Sidney, a verdade é que os chineses e não só, os orientais de uma forma geral, ocupam uma grande área, também neste cantinho do mundo.
Correm os boatos que Lisboa está na moda. Maria Sharapova à par de outras ditas celebridades andam a pairar por Lisboa. Para mim está claro de ver e comprovar pela fotografia que ela postou que anda perdida e atrasada? Alguém que lhe diga que o Estoril não fica por esses lados e que o torneio acabou em Maio!
É uma das melhores se não a melhor cidade para se viver, (uma afirmação baseada no pouco mundo que conheço, mas ainda assim já presente nos 5 continentes). Há amor e sente-se felicidade. As pessoas parecem felizes. E agora desculpem-me a comparação, mas não é a felicidade estúpida dos povos africanos e sul americanos, em Sidney em particular e na Austrália em geral, a felicidade é a mesma que eu procuro. É uma felicidade de quem já conhece o mundo, de quem sabe que precisa de trabalhar, de quem valoriza a família acima de tudo, de quem percebe a importância dos amigos, de uma casa, de uma vida estável. E não apenas, uma felicidade ignorante do ter comida para hoje e ter bom tempo. É uma felicidade completa.
Ao virar de cada esquina é possível encontrar um parque. Entre dois blocos de apartamentos existe espaços verdes para todos os habitantes passearem os cães (e todas as famílias são compostas por 2, 3 ou mais filhos e um cão) e as mães, passearem os 2 e 3 carros de bebes, enquanto conversam umas com as outras, chegando mesmo a confundir os turistas, pois mais parece uma visita de estudo de uma creche do que um mero e simples passeio de mães.
As pessoas em Sidney procuram o amor, constituir uma família, ter um animal de estimação, ter um trabalho (não me pareceram workholics), praticar desporto, ter cultura variada, viajar e não ter preocupações, são muito relax. São simpáticos e diretos. Não respondem com talvez, ou com parágrafos, uma frase basta.
Dá a sensação que moram muito perto do local de trabalho, pois as horas de almoço, são passadas a almoçar nos parques com os familiares, colegas de trabalho e os animais de estimação, enfim, resumidamente aquilo que chamo, qualidade de vida.
E por falar em qualidade, a da comida é eximia. Diria mesmo que tirando a nossa, os australianos possuem a melhor cozinha do mundo. E a qualidade dos alimentos ajuda. O sabor das frutas, dos legumes, das carnes e peixes é simplesmente fantástica. Não precisam de condimentos. As frutas são saborosas e suculentas. Aí se os invejo...
Não é New York, que não é. Mas em Sidney tudo está sempre a acontecer. Eles têm excelente música, mesmo a música de rua, têm bons espectáculos e acontecimentos ao virar de qualquer esquina. Aqui, estava a acontecer uma campanha da companhia área Qantas, que iriam inaugurar voos diretos de Sidney - Londres e para isso, ligaram em tempo real as duas cidades. E as pessoas que se passeavam por Londres podiam simplesmente meter conversa com que se passeava por The Rocks, uma zona de Sidney. E foi isso mesmo que fizemos. Com 9 horas de diferença, conversamos com uns Londrinos e foi amazing!
Mas nem tudo é perfeito. Nós europeus, habituados a encontrar um edifício ou um espaço com história e simbolismo de 100 em 100 metros, passearmos pelas ruas da Austrália e apercebermos que se trata de um pais com pouco mais do que 100 anos, sem monumentos e edificado que retratem vidas seculares deixa-nos saudosos do velho continente e faz-nos sentir ainda mais ricos. Ricos por sem pedir e nada fazer possuirmos um patrimoniado cultural sem igual. Ainda assim, sendo eles uma colónia britânica, respira-se arquitectura vitoriana que nos levam ao imaginário mundo antepassado britânico, aqui - Catedral St Marys.
Se há coisas que nós temos e eles não, também há e muito, coisas que eles têm e nós não, às vezes nem no jardim zoológico. A vida animal e selvagem é tão diversificada e próxima que por vezes na rua, olhávamos para os lados à procura da equipa de filmagens do BBC vida selvagem. A natureza anda de mãos dadas com os habitantes e visitantes de Sidney. Partilham tudo!
Desporto, relax, convívio, trabalho, amor, tudo é possível ao ar livre. Eles têm e fazem por isso. Tudo isto também ajuda e muito à felicidade de um povo. Isso e se calhar descontarem só 3% para a Segurança Social e impostos.
Mas Sidney não é só uma baía (simplesmente fantástica) prédios frenéticos de trabalho e altos como se de Manhattan se tratasse, parques, boas comidas e vida selvagem. Também há praia, museus e organização, bons transportes e pronto, bichos nojentos. Ainda bem que eles avisam.
Para quem gosta de aventura, o melhor mesmo é viajar até à Nova Zelândia. Não que não exista em todo o lado, claro que sim, e Sidney não é só cidade, também têm trilhos e pacatez. Mas dizem, que a Nova Zelândia é que é. Nós como não tivemos tempo, ficamos-nos pelos trilhos da praia de Manly.
Mas também há mais praias em Sidney e a mais conhecida de todas, é Beach, Bondi Beach. É a praia dos famosos, dos surfistas, da boa onda. Só estando lá é que se percebe a graciosidade de uma praia tão conhecida. Era outono, quase inverno, estariam uns 16 ou 18º graus e ainda assim, a praia e os relvados que circundam a praia, estavam carregados de pessoas.
Ainda há mais boas razões para eu considerar Sidney uma das melhores cidades para se viver. Não percam os próximos episódios.