Depois dos Emmy awards!
Ontem foi dia de Emmy Award e como eu esperava, "La Casa de Papel" rapou tudo, bem na minha opinião, ou deverei dizer e mui bien en mi entendimiento.
Mas, palpites à parte como sobre a 7ª arte apraz-me dizer que estou revoltada, hoje não vou tecer comentários ou debater-me sobre os pobres coitados que passaram dias a assistir as telenovelas nomeadas para selecionar a vencedora. Vidas!? (Ainda assim, parabéns a TVI, mais um prémio para Portugal, não faz mal a ninguém)
A minha série preferida na categoria de politica estava com uma vantagem inigualável de qualquer possível concorrente "House of Cards". Não não vou discutir moralismos e vidas privadas, apenas que para mim, tinha sem sombra de dúvida o melhor argumento alguma vez escrito e duas personagens que isoladamente são enormes profissionais, mas em conjunto, funcionavam melhor que queijo e marmelada. Era assim uma perfeição, sem igual.
Mas entretanto a vida deu algumas cambalhotas e mesmo na véspera da última temporada retiraram Kevin Spacey. Conformei-me, aceitei e decidi seguir em frente. Até a última temporada começar. Custou ver os primeiros episódios sem o Kevin, custou. Mas ultrapassei, afinal de contas ainda lá estava a enorme Robin Wright. Mas como explicar que, faltava alguma coisa. Era como a melhor lasanha mas sem sal. O melhor rosé espumante mas sem estar fresco. As novas sandálias da UGG sem os calcanhares arranjados. Ainda assim, fui forte e persistente. Continuei a ver. Até que encarei de frente e percebi, que não foi só o Kevin a ser despedido da série. Os melhores argumentistas fizeram com ele as malas e deixaram a série sem qualquer rumo ou ponta por onde se pegue. Tenho pena da Robin. Mas deitaram abaixo episódios e episódios de apoteose, glorificação, de encônio. Enfim, vidas!