Roger, o cão pastor! #sqn
O Roger foi muito bem orientado e ensinado desde pequenino e assim como os donos adora praias (calma, calma, só frequentamos com ele praias apropriadas). Não é propriamente um apaixonado por águas agitadas, mas não aguenta mais de 10 minutos sem o seu banho (gosta da água pelos tornozelos, mais coisa menos coisa) e de preferência que não se agite muito, adora refastelar-se na água sem ter que andar sempre a evitar a rebentação das ondas (é cómodo e preguiçoso, portanto).
Mas não é só de passeios em praias que são feitos os gostos do bicho. Na verdade vale qualquer um, mas o raio do cão, adora passear-se (preferencialmente sem trela) em sítios onde possa correr como corre em casa, com animais para interagir e água para mergulhar. Tudo junto, resulta em passeios em serras. Adora ir à serra passear. Num destes fins-de-semana de verão sem sol e calor, fomos mais uma vez passear para o lado oposto à nossa natural orientação e rumamos para uma espécie de Disneylândia de cães.
Tudo corria (literalmente) pelo normal, até que encontramos um rebanho. E aí a Disneylândia de cães, tornou-se num verdadeiro inferno para nós donos. Tudo porque o Roger descobriu uma costela de pastor e Usain Bolt, numa espécie de 2 em 1.
Se por um lado divertiu-se a pastorar o fato (nome dado a um conjunto de cabras), que fugiam dele em manada, fazendo coreografias na serra dignas de uma final de ginástica artística nos jogos olímpicos, ora viravam todas para a esquerda, ora viravam todas para a direita, ora davam voltas entre si, ora não sei bem mais o quê. A verdade é que conseguiu aliar todo este pastoreio com fugidas para escapar e com distinção a todas as tentativas do pastor em acertar-lhe com o bastão.
O pobre do senhor lutava-se em manter o fato todo ordeiro e junto, mas o raio do cão não parava de lhe dar uma tanga, mesmo sem o saber que o fazia. Vários e longos minutos depois de tamanho espetáculo, lá o conseguimos prender, pedir desculpa ao pastor, garantir que nenhuma cabra se tinha perdido e seguimos caminhada para bem longe daquelas CABRAS. E assim foi bom para todos, nós porque nos rimos que nem uns perdidos, para o Roger que julgou-se por vários minutos o maior da serra, para as cabras que ganharam muito apetite com as corridas, (claro que só depois de recuperarem do susto) e pronto, para mais ninguém, porque o pobre do pastor ainda hoje nos deve estar a rogar pragas.